Não existe uma forma de se limitar a liberdade de imprensa sem prejudicar as liberdades de expressão e de informação. São, estes, direitos tão subjetivos que não há como estabelecer uma quantificação ideal para sua fruição. Por isso, a liberdade de imprensa deve ser a mais ampla possível, para que tais direitos também possam ser exercidos de forma ampla. Vários momentos históricos mostram o quanto uma imprensa livre é capaz de subverter a ordem social estabelecida, redefinindo valores sociais e fortalecendo os direitos individuais do povo. A Revolução Francesa é, talvez, o maior exemplo. O Abade Emmanuel Sieyès criticava a estrutura da sociedade francesa, que tinha nobreza e realeza no topo da pirâmide social, enquanto a burguesia e o resto do povo, apesar de maioria, não tinham voz nas decisões políticas adotadas pelo rei. Um jornal francês era escrito à noite, nos subsolos de Paris, ajudando a difundir as ideias do Abade. O resultado foi a queda da monarquia e o nascimento do
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